A esperança não é um sonho, mas uma maneira de traduzir os sonhos em realidade...

sábado, 16 de abril de 2011

domingo, 2 de janeiro de 2011

Um outro céu...


“Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim, nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante para mim, é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível, e que esse momento será inesquecível.”


Fernando Pessoa



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Balançar...

Pedes-me um tempo,
para balanço de vida.
Mas eu sou de letras,
não me sei dividir.
Para mim um balanço
é mesmo balançar,
balançar até dar balanço
e sair...

Pedes-me um sonho,
para fazer de chão.
Mas eu desses não tenho,
só dos de voar.

Agarras a minha mão
com a tua mão
e prendes-me a dizer
que me estás a salvar.
De quê?
De viver o perigo.
De quê?
De rasgar o peito.
Com o quê?
De morrer,
mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...

Pedes o mundo
dentro das mãos fechadas
e o que cabe é pouco
mas é tudo o que tens.
Esqueces que às vezes,
quando falha o chão,
o salto é sem rede
e tens de abrir as mãos.

Pedes-me um sonho
para juntar os pedaços
mas nem tudo o que parte
se volta a colar.

E agarras a minha mão
com a tua mão e prendes-me
e dizes-me para te salvar.
De quê?
De viver o perigo.
De quê?
De rasgar o peito.
Com o quê?
De morrer,
mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração.

domingo, 9 de agosto de 2009

O Homem com medo...


O Homem com medo diz não à confiança, e foge. Nega a necessidade de enfrentar os problemas de frente, de "pegar o touro pelos cornos". Porque tem medo. Tem medo de se magoar nesse caminho. Esquece-se porém, que não fugindo, pode até ganhar com isso e muito. Isto porque, se umas vezes se perde, noutras o contrário ganha-se. É a vida. Curioso é que se meça a coragem das pessoas pelas vitórias que alcançam e não pelas derrotas. Porque o que, de facto, diferencia as pessoas e distingue o trigo do joio, é a forma como reagem à adversidade. Como se comportam quando perdem. Ter coragem é enfrentar a fraqueza olhos nos olhos. É deitarmo-nos com a quase certeza que amanhã pode ser ainda pior e nem por isso perder o sono. É perceber que, muitas vezes, o melhor não chega, não é suficiente. Os fracos fogem. Os outros aguentam. A vida encarrega-se de nos mostrar a coragem de todos e de cada um. Sempre e sem aviso prévio.

(Local: Forte São Filipe)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Porque há dias assim...


Ontem poderia ser um dia como outro qualquer mas não o foi... era o dia de aniversario de uma amiga e por isso foi um dia diferente...

O céu ganhou mais uma estrela, a noite ficará, por isso, mais iluminada. E no silêncio profundo ouvir-se-á o murmúrio do seu brilhar...!

Que Deus te reserve um lugar lindo. Fica muita, muita saudade... Cristina!


quarta-feira, 29 de abril de 2009

O Castelo


O Castelo de Palmela, tem origem árabe, com a primeira fortificação, provavelmente, edificada por volta do século IX, depois da conquista desta região aos visigodos, mas onde os testemunhos arqueológicos, apontam para uma ocupação humana desde o período neolítico.
D. Afonso Henriques conquistou Palmela em 1147, mas voltaria a cair na mão dos muçulmanos e só por volta de 1190, passaria definitivamente para a posse portuguesa. D. Sancho I, mandou fazer reparações na fortaleza e doou-a à Ordem de Santiago, que fizeram de Palmela a sede da Ordem. É já no reinado de D. João I que se inicia a construção do convento onde esta ordem se instala, a partir de 1443. D. Pedro II, por volta de 1670, modernizou as suas defesas, adaptando-as ao uso de artilharia, mas as suas estruturas viriam a ser seriamente danificadas com o terramoto de 1755. Este acontecimento e a extinção das ordens religiosas, lançou esta fortaleza no abandono, até à sua classificação como Monumento Nacional e à execução de obras de restauro iniciadas em 1945, que também recuperaram o antigo convento, onde funciona uma pousada.

(Local: Castelo de Palmela)

sábado, 25 de abril de 2009

25 de Abril


A 1ª senha, para o início das operações militares a desencadear pelo Movimento das Forças Armadas, foi dada por João Paulo Dinis aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa:
«Faltam cinco minutos para as vinte e três horas. Convosco, Paulo de Carvalho com o Eurofestival 74, E Depois do Adeus...».

A 2ª senha, para continuação do golpe foi dada pela canção Grândola, Vila Morena, de José Afonso, gravada por Leite de Vasconcelos e posta no ar por Manuel Tomás, no programa Limite da Rádio Renascença, à meia-noite e vinte, sendo antecedida pela leitura da sua primeira quadra.
Grândola, Vila Morena foi composta como homenagem à "Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense", onde no dia 17 de Maio de 1964, «Zeca» Afonso actuou.

Este foi o sinal confirmativo de que as operações militares estavam em marcha e eram irreversíveis...

A ocupação de pontos estratégicos considerados fundamentais ( RTP, Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Aeroporto de Lisboa, Quartel General, Estado Maior do Exército, Ministério do Exército, Banco de Portugal e Marconi).

Forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém estacionam no Terreiro do Paço.
As forças paramilitares leais ao regime começam a render-se: a Legião Portuguesa é a primeira.
Desde a primeira hora o povo vem para a rua para expressar a sua alegria.

O cerco ao Quartel do Carmo, chefiado por Salgueiro Maia, entre milhares de pessoas que apoiavam os militares revoltosos. Dentro do Quartel estão refugiados o Chefe do Governo Marcelo Caetano e dois ministros.

Expirado o prazo inicial para a rendição anunciado por megafone pelo Capitão Salgueiro Maia, e após algumas diligências feitas por mediadores civis, Marcelo Caetano faz saber que está disposto a render-se e pede a comparência no Quartel do Carmo de um oficial do MFA de patente não inferior a coronel.

Spínola, mandatado pelo MFA entra no Quartel do Carmo para negociar a rendição do Governo.
O Quartel do Carmo hasteia a bandeira branca.

Rendição de Marcelo Caetano. A chaimite BULA entra no Quartel para retirar o ex-presidente do Conselho e os ministros que o acompanhavam, levando-os, à guarda do MFA para o Posto de Comando do Movimento no Quartel da Pontinha.


Revolução dos Cravos é o nome dado ao golpe de estado militar que derrubou, num só dia, sem grande resistência das forças leais ao governo - que cederam perante a revolta das forças armadas - o regime político que vigorava em Portugal desde 1926. O levantamento, também conhecido pelos portugueses como 25 de Abril, foi conduzido em 1974 pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução trouxe a liberdade ao povo português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).


Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das
Comunidades Portuguesas
10 de Junho 2007 - Setúbal