A esperança não é um sonho, mas uma maneira de traduzir os sonhos em realidade...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Balançar...

Pedes-me um tempo,
para balanço de vida.
Mas eu sou de letras,
não me sei dividir.
Para mim um balanço
é mesmo balançar,
balançar até dar balanço
e sair...

Pedes-me um sonho,
para fazer de chão.
Mas eu desses não tenho,
só dos de voar.

Agarras a minha mão
com a tua mão
e prendes-me a dizer
que me estás a salvar.
De quê?
De viver o perigo.
De quê?
De rasgar o peito.
Com o quê?
De morrer,
mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...

Pedes o mundo
dentro das mãos fechadas
e o que cabe é pouco
mas é tudo o que tens.
Esqueces que às vezes,
quando falha o chão,
o salto é sem rede
e tens de abrir as mãos.

Pedes-me um sonho
para juntar os pedaços
mas nem tudo o que parte
se volta a colar.

E agarras a minha mão
com a tua mão e prendes-me
e dizes-me para te salvar.
De quê?
De viver o perigo.
De quê?
De rasgar o peito.
Com o quê?
De morrer,
mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração.

6 comentários:

Momentos disse...

Como apaixonado pela fotografia que sou,fiz uma pesquisa sobre blogs fotograficos e encontrei o seu.Decidi pois colocar este comentário para lhe dar os parabéns pelos magnificos trabalhos que aqui tem de enorme qualidade e bom gosto.Parabéns.Abraço.

A OUTRA disse...

Muito bom e bela fotografia
Boa semana
Maria

Vanda Mª Madail Rafeiro disse...

Um belo poema, e uma linda fotografia.

A OUTRA disse...

Lindos... poema e fotografia.
É assim mesmo... o que mata...
Boa Pascoa
Maria

Luz Santos disse...

Gosto muito desta fotografia e o poema é tão bonito!
A Luz A Sombra

Barbara Palmisano disse...

very nice!